Filipa
05 abril 2009
amores crucificados
Simplesmente porque estou aqui aprisionada, como uma flor de estufa, vou escrever. Não vou reler, não vou sequer pensar. Porque só hoje senti a falta de uma mão na minha mão. Porque a luz fechou-se, fechou-me, fechou-nos. Não há asas, e eu, que nunca precisei de asas para voar... A janela esta fechada, esta tudo escuro a minha volta. A noite invade o meu coração, como todas as noites. Vem de mansinho, entra e fica. Apetece-me a melancolia dos teus braços e o paladar apimentado da tua pele contra as minhas lágrimas grossas.
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