16 maio 2010

cry me a river

é tarde, é muito tarde e vou dedicar um tempo a isto. isto anda um bocado morto e parado. bastante morto. ha habitos que se perdem e habitos que se ganham. perdi o habito de escrever, ja nao o sei fazer. um lado de mim morreu. morreu sozinho na praia. abandonado por tudo e posto de lado. este post é apenas o obituario dessa faceta. eu tambem nao sou escritor.. 'o homem é um projecto e a sua vida é a realização desse projecto'. este projecto está agora oficialmente abandonado.

Projecto abandonado por:
Luis Miguel



(talvez quem sabe apareça outro projecto em breve)

22 julho 2009

sex on the beach



Everything is connected ...

like sex on the beach

um dois tres


é agora ou nunca , fantasias da cidade ..
Made in Vegas ^^

01 julho 2009

pacman , a bola amarela que come compulsivamente outras bolinhas e foge, foge não , evita os mauzões

seria era uma vez se estivessemos realmente a falar de uma bola que ingere outras bolinhas , mas com a crise no mercado de capitais seria comer a mais , temos de poupar dizem os economistas. todos conhecemos o pacman e não me refiro ao músico , tou mesmo a falar do jogo. o jogo consiste numa bolinha que come outras bolinhas mas ha sempre uns fantasmas que nos tentam tramar. faz uns barulhinhos estranhos , tipíco de quando se come. no jogo temos varias vidas e podemos ser tramados algumas vezes , essa é a vantagem em relação à vida real. o pacman da vida real é muito mais complicado , ha mais fantasminhas e as bolas que queremos comer mexem-se e são em pouca quantidade , temos que ir atras delas !
Eu não queria falar do pacman , nem da vida real .. mas assim aconteceu.
Era uma vez uma pequena aldeã , que vivia ora bem , numa aldeia .. rodeada de aldeãos e de animaisinhos ^^ isto é mesmo so pa gozar :D
Life's Good ^^

30 junho 2009

Love will tear us appart.

E se me perco em devaneios, se ouso morar longe da razão a minha vida tomba-se. É como todas as lágrimas de embriaguez, todas as ruínas e fraquezas do meu coração… Como um assombro que se alimenta de dor, sofrimento e ténues lágrimas, densas e espessas de nojo. E não encontro as lágrimas vermelhas, não encontro nomes, não encontro palavras nem opiniões senão a minha, não encontro flores… e os aviões despenhados, esses deparam-se com realidades mortas. O nada consiste no tudo, e o tudo resume-se a nada. Não tenho perguntas, nem tens respostas. Vais guarda-las sempre, aconteça o que acontecer até que chegue a Primavera.

Fii

22 junho 2009

no cars go  

As horas, os dias, as semanas foram como uma fonte de desejos e sentimentos, pequenas coisas que começaram a criar uma pequena grande história. Como tantas outras que ja vivi, que me fizeram crescer e bater com o punho na mesa do injusto. E foi tudo assim, o céu e as estrelas assistiram a toda a metamorfose que foi gerando uma avalanche de raios e coriscos na minha mente, empobrecida pelos esquecimentos e pelas minhas pernas cansadas de um caminho sem regras.
Tu foste (és) aquilo que o meu subconsciente sempre ansiou, sem nunca alcançar. A vida é mesmo assim, como uma caixa ou outro recepiente qualquer. O unico valor que pode ter, é o que a enche, porque uma vida levada pelo vazio e pela mediocridade é como uma guerra sem batalhas. Tu levas-me a ver o outro lado... E afinal o que é que isto significa? Uma subjectividade de afectos e palavras, com metaforas, antiteses e todas as outras figuras de estilo que poderia usar.
Eu sei que é mais que isso, é mais que um amor que se possa escrever, o te seguido do amo dava um simples e insignificante... amo-te? E sera que amo?
Como pode uma grandiosidade destas submeter-se a uma palavra tao amarga, tao pequena? Não é isto que eu quero.
Não quero um amo-te, nem um beijo de despedida. Quero as tuas palavras, quero o teu abraço, quero a inocencia do traço das tuas maos e dos teus olhos verdes, quero a timidez dos teus labios na minha testa, quero a tua presença e quero a verdade nua e crua. E agora diz-me, trocaria eu tudo isto por uma misera palavra?

14 junho 2009

and the other side

Não desencantes os meus passos. Não deixes perdidas as nossas memórias na luz da noite e na nostalgia das cortinas do meu quarto. Porque de cada vez que as estrelas se dignam a olhar e a abençoar o meu coração, sinto apenas que vais permanecer. E permaneces, permaneces sempre de uma forma que me deixa completamente enlouquecida e desvairada. E agora é como se todas as minhas decisões, todos os meus pensamentos caminhassem até ti, até.... nós. E eu não quero por um ponto final nestas palavras, porque estão no outro lado da minha vida, aquele onde apenas tu consegues chegar. E vence todos os teus medos, porque os meus já estão vencidos. Resta-nos agora sofrer as consequencias de uma alma livre.


Fii

13 junho 2009

A chuva que não cai e não me molha. O vento que me bate e não sinto. A terra que piso e que não fica marcada. O ar que não respiro e que me atravessa. As pessoas que me olham e me deixam à margem, o relógio que compassa o tempo. Tudo mexe, tudo move. Nada está parado, só eu. O mundo gira e não espera por ninguém. O meu mundo está distorcido, eu mesmo o distorci para parecer menos cinzento. O cinzento prevalece acima de tudo, mas mais acima ainda estão os interesses. É lá que se concentra toda a gente. E é por isso que este texto não fala sobre ninguém, porque está quase tudo longe, lá em cima no fim do mundo. Está a chover, o vento corre tudo à frente e o ar está sujo. Os relógios estão doidos a tocar e marcar horas, cada um as suas. As pessoas passam e nem olham, nem param. Estão sob a droga do trabalho. Eu não estou e sinto-me só.

06 junho 2009

"Não se sabe como acontece, nem quando. Digo o desejo, que tudo arrasta, tudo envolve num aperto que asfixia. A vontade de anular todo o intervalo entre as coisas no ardor dos corpos, no misturar das línguas. O sexo é o caos, o precipicio para onde nos lançamos entrelaçados. O desejo atinge a cabeça no centro do sexo. Os seios aprumam-se ao menor toque suave dos dedos. A cabeça do sexo erguida, Raquel fica estátua, medusa petrificada onde só os olhos muito azuis brilham. As bocas abocanham o sexo escorregadio, agarram-se às reentrâncias, à pele por debaixo de tudo. Nada mais quero do mundo senão a tua flor coberta de orvalho, sussurra um de nós, sem que ninguém o ouça. Vera desata o cabelo. O cabelo escorre pelo tronco de Raquel, o sexo no meio do vermelho dos lábios. Alguém de repente levanta-se, corre sedento a beber água, aos golos, como se a houvesse pela primeira vez, regressa e senta-se no sofá, intoxicado pelo fumo, preso às imagens interditas. Não se ouve qualquer música, é um trabalho sério. Ouvem-se só, de quando em quando, pequenos gritos, palavras fracas, frases por terminar, sobre as respirações ofegantes. Um corpo a corpo de mulheres, de meninas. Eu fico sem saber de nada, nadinha. Quem comanda? A mão encontra o sexo que encontra a boca e tudo se desfaz para se refazer numa exaltação de abandono. Os corpos são coisas sem vontade, desamparadas. A boca encontra a boca, desfaz-se nela em beijos fundos. A boca encontra o seio, engole-o. O sexo avança pela carne, a mão de Vera indicando o caminho. Não há palavras. Quem diria. É preciso uma ordem minima. Raquel segura Vera por detrás que se oferece como um fruto. Os movimentos repetem o prazer que só por si anseia, por vezes mais agudo, quase dor, que se escapa do interior para o exterior dos corpos. Os corpos vindo-se reviram-se para desvendar mais um segredo. Nunca tive prazer assim tão fortemente, confessa uma voz comovida. Há lagrimas. As mulheres são infinitas. O macho tem de dosear o sémen, a corrente, o liquido de que é feito. A sofreguidão, no entanto, aumenta. Vale tudo o que der mais prazer ao outro, que o prazer vem do outro, num esplendoroso reflexo. A tua face desfeita, como é linda. Os teus cabelos são sedas onde me perco. O teu sexo pulsa por cima do meu coração aflito. O sexo é o caos primordial antes da separação dos corpos, o que liga a morte à vida. As coisas são todas as coisas a que se possa lançar a mao, roubar o fruto, sorver a corrente de suor que se escapa do interior dos corpos virados do avesso. Só a exaustão tranquiliza, pode parar o movimento que por si não se esgota

02 junho 2009

the wall

sentado , quieto a olhar. a parede não se mexe , não respira nem faz qualquer movimento mas mesmo assim é mais viva do que qualquer um de nós. não passa de uma parede , mas esta tem algo mais. está situada ao lado de não sei bem o quê. está perdida pela cidade , ou a cidade é que está perdida nela. está à minha frente , imobilizada comigo. daqui não saimos.
não tem cor nem tem cheiro , está morta por assim dizer. mas é das tais coisas que só damos valor depois de mortas. o que pode significar uma parede ?
estou enclausurado por ela , o que antes parecia ser so um conjunto de pedras umas em cima das outras à minha frente é agora um círculo que me rodeia e me faz estar preso. mas observo cada traço seu.
uma parede é mais do que isso , uma parede se falasse contar-nos-ia mais do que qualquer aspirante a 'ter a mania que sabe'. vivem pelas paredes inúmeras coisas , mas nesta não. apenas um pequeno resto de um poster publicitario rasgado e sem cor , uma tentativa de desenho daqueles feitos com tinta enlatada , parece uma caveira ou uma nave espacial , ainda nem sei bem. a arte de rua tambem consegue ser abstracta. esta parede é diferente porque me cativa , aposto que a gente ja fez de tudo contra ela. de tudo. ontem estive encostado a ela , tentando prever o dia de hoje , que em nada foi igual ao que previ. de cigarro na boca e atirando beatas para aquele chão só pensava no que realmente vale a pena pensar , naquilo que nos faz manter sempre de pé e sem cair ou sequer tropeçar mais a sério. aquilo em todas as tentativas (falhadas) de obstruçao nos fazem mais seguros , mais experientes.
eu e a parede somos velhos amigos de guarda , sou veterano e ela também. fiz parte do seu crescimento e ela do meu. devia ter os meus 20 anos quando a construí , apenas por que precisava do dinheiro. hoje é a minha companhia depois dos tempos. nunca soube por que a construimos , ela so ajuda a dividir um mundo em dois. o nosso lado e o outro lado.

ergue-me

Uma pedra no nosso caminho , é uma escolha que fazemos. tropeçamos ou nao. mas por mais quedas levantomo-nos. porque acreditamos no que temos, no que vivemos. é isto que nos torna mais fortes ainda. porque se nao fosse eu , se nao fosses tu Catarina .. por tudo e por nada , obrigado ^^ obrigado por estares lá sempre , pelos dias todos , bons e maus , mas um mau bom , daqueles que nos fazem crescer e ver o que é importante.. vivo-te cada vez mais.
Metaforicamente falando habitamos uma calçada da rua , cheia de pedras soltas.. a maior parte delas são evitadas , mas em algumas nao podemos evitar cair , mas caimos juntos. caimos juntos para nos podermos erguer lado a lado, de mao agarrada , presa ! porque a nossa uniao é a coisa mais forte do mundo.
Eleva-me e eleva-te.

pedaços meus perdidos em nós. partes partidas espalhadas e perdidas no nosso espaço. tudo nosso , tudo desorganizado à nossa maneira :b

é este o mundo que começamos e que procuramos.
ja és parte de mim e eu , sou parte de ti ?

espero-te , aguardo-te. aqui bem à espera do dia de amanha ^^

amo-te catarina

26 maio 2009

running away,

Uma frase. Um momento. Dois corações. Amar-te foi a minha regra, a minha norma, o meu hábito. E uma rotina jamais poderá ser um amor, um sentimento forte e fortificado. Um preceito, uma muralha. A minha muralha, o meu pilar eras tu. Mas o amor perdeu-se e quebrou todas as barreiras, todas as minhas genicas. E é teu o meu coração, junto com a minha vida que segue por ti, pelo nós que se destruiu. E divulga-se que vendes corações, cegas os meus passos e escureces os meus olhos. E resta-me ausentar-me daqui, fugir para sempre para o sítio onde tudo é genuino.

Fii

O Mundo é um Pudim :D

Envolve doçura, amenidade, prazer. Compreende dentro de si, todas as alegrias e tristezas mundanas, todos os olhares extraviados, dispersos dentro do prazer doce e consumado pela vida. A vida de duas borboletas voadoras, que percorrem o céu e a terra, a bater as suas asas pequeninas e delicadas, ténues como a chuva. E as borboletas voam, mesmo sem asas, os sonhos e a fantasia levam-nas a pequenos pedaços de tempos de felicidade. E o pudim da vida, vai-se aperfeiçoando com o tempo, os dias e as historias que ficam guardadas no passado. E não há pudim nem receita para uma vida voadora como a das duas borboletas.

é para o socio chulo xD
Fiii

22 maio 2009

passado , presente e futuro

passado, pedaços perdidos em espaços pertencentes a mim. pedaços meus perdidos em espaços pertencentes a ela. pedaços espelhados e perdidos pelo tempo, procurados pelos guardiões do nosso templo. principio dos principios é viver-te como vida.
pedaços de um templo nosso perdidos em suspiros de quem nunca te perderá. pedra por pedra vamo-nos de novo pôr de pé
presente , partes de um principio , com meio e sem fim. partes de um todo por partir. um todo especial com todo o seu esplendor horizontal. partes protegidas por ti e pelo passado que construimos. Pelo qual nao te deixo partir. Para ti tenho predicados de uma vida partilhada contigo.
futuro , partes e pedaços protegidos por um passado e presente promissores , que não devemos deixar partir porque és especial protectora.

21 maio 2009

pecado.

mortes incovenientes. actos efectivos da amargura. prazeres desmedidos subordinados ao pensamento. referencias ao tempo e ao espaço. traços psicologicos de um pecador. relatorios de quem nao está a salvo. permeabilidade à noite e ao escuro que ela transporta. sentir o calafrio.
respirar e controlar. discursar indirectamente com olhos vazios. as mãos aflitas gritam. o pecado está perto e não desaparece. busca-me e segue-me. tenta-me. e eu não resisto. vivemos todos para ele , honra e dignidade queimam-nos de culpa. ardem-nos de erros e sobrevivemos so para contar a historia do arrependimento sofredor.
diario de um veterano torturador de guerra.

presença.

Um porte composto, analisado. Uma vida aglutinada a uma escuridão contínua. Uma mente complexa, a emaranhar sonhos e ilusões. Uma cidade sumida, uma cor dissipada e uma mão sem alento, na procura demandada de uma presença ausentada. E porquê? Qual é afinal a causa desta opressão, desta angustia, deste reflexo inconsciente de amor?

fii

inocência.


Só e com a face infeliz, movia-se de um modo inseguro e hesitante. Era uma menina, tinha completa consciência disso. Possivelmente, era isso que a diferençava de todas as outras meninas, a sua pequena e aguçada inocência, ajustada a um nada de madurez que o tempo consumou. O Céu permanecia azul. Ali sentada no banco do jardim do parque onde todas as outras meninas brincavam, ela acreditava que alguém iria chegar, alguma pessoa em quem podesse confiar os seus medos e receios de menina, uma espada que fecha-se com um só corte todos os monstros do seu armário. E a espera da menina continuava. Ficou ali durante um tempo intenso, mas a perda de tempo leva-nos a ganhar mais tempo. E um dia viu-o, o protector do seu Sol. Corria depressa, com medo e paixão mediante o declive da sua sombra. Fitou-lhe o olhar, e ao ve-lo cada vez mais proximo e proximo, sentiu uma onda de desassossego na contracção dos seus musculos. Ele sentou-se. Ela sentiu-se bem. Os anos tinham passado, já não era uma menina, e estava apta para amar. Luis <3 align="right">Filipa Henriques

paciência.

Abona-me dela, por favor. Tolerância dentro de uma vida sem destino, renúncia aos raios de nada emitidos pela Lua nos dias frios. Um agregado de sentimentos, suspeitas, afectos, simples pernas a caminhar em conjunto, amestrando a calçada, moldando corações e ruas perdidas e solitárias. Mas para todos estes mecanismos se completarem, e trabalharem de forma serena e com um nada de disciplina, é preciso que ela exista. Uma imensa e grandiosa perseverança, fixa no verniz das minhas unhas, desbotado e com mil e uma historias para contar. Historias sobre o Mundo, comportamentos e metamorfoses que não se dão sem ela, também eles precisam dela. Coragem! O sonho não comanda a vida, a paciência comanda o sonho, e o sonho dá asas a paciência, para que ela possa também descansar, nos dias gélidos, em que a Lua emite raios de nada, raios de tudo, raios de paciência.

Fiii (:

20 maio 2009

ausência.

Falta-me o ar, falta-me o mar, o teu olhar e todos os ares que por aí vagueiam perdidos. Um sinonimo para ti, eu. Completas-me na porção mais ímpia do meu ser. Detenho-te em mim, dentro de mim, entre a ausência e o retiro dos meus pensamentos. Apoio-me no declínio do afecto que sinto pelo teu coração, na ausência dos medos e no interior dos segredos que agasalho dentro de mim. Uma entidade desconhecida fixa por filamentos de luar à rua mais remota e isolada da gente. E é isto, uma ausência de vida, de luar e de ti.

Filipa Antunes :')

19 maio 2009

indulgência humana

Frases feitas. Frases feitas por mim. Frases feitas por mim, gastas por outros. Não será a alma capaz de uma frase? Uma pequena fusão de meia duzia de palavras que nunca seria capaz de proferir. Corto a conversa antes de ela começar com esta atitude egocentrica. A atitude de quem quer o que nao pode ter mas assume-o sem rodeios. Mas a posse destrói a fantasia de todos os pensamentos, de todos os corpos. Assume a vida sem rodeios, mas e depois? Não será a vida demasiado vaga para ser do dominio de alguém? O conceito de vida leva-nos ao conceito de morte. E aqui vê-se qual o toque destas palavras. Palavras feitas para mim e para quem pensa como eu. Ou finge que pensa porque o que está na moda é repetir qualquer coisa que fulano disse e achar-se pensador. Falta dignidade nas ruas. Humildade nas pessoas. É escassa a submissão, a modéstia daqueles que se reconhecem dignos dos raios de Sol. A vida não é mais que uma sombra, uma simples e delgada silhueta feminina. Porque a vida é mesmo assim, uma mulher, delicada, débil e irracional. Irracional até à vastidao horizontal que nunca acaba. Porque a ignorancia faz-se , cria-se e nasce todas as manhãs, num lugar longe coberto de fim do mundo.

riscando

adoro essas coisas brancas entre os escuros cabelos. adoro esses escuros cabelos atrapalhados e combinados com esses bonitos olhos castanhos. adoro esses bonitos olhos castanhos com a simplicidade e pureza da tua pele. adoro essa simplicidade da tua pele contrastada com a tua cor. adoro essa tua cor.

18 maio 2009

palavra

Agora sou só eu e ela. É minha, não sou capaz de a dividir com ninguém. Está presente no meio de todas as minhas ausências. A janela desbota-se, deixa que o vento invada e me abrace a alma. As minhas pernas esgotadas e pesarosas, não obedecem às minhas ordens. Preciso de correr, correr para ti, para te ter aqui. O meu coração persegue-te, a minha vida é incondicionalmente tua. Tenho receio de acordar, no cosmos dos meus sonhos sinto-te a meu lado, sinto o bater do teu coração, melodia inigualável que nenhum acorde jamais completará. A palavra que me acompanha, não vou escrever. Somos um, é minha, não sou capaz de a partilhar, vai ser sempre minha, à margem deste amor, a minha palavra.

Joaninha*

pain

Preciso de ti.
De nós.
Preciso do teu olhar, do teu sorriso, do teu toque.
Da simplicidade da tua alma.
Da energia do teu coração no meu.
Preciso de ti, só de ti.
Preciso que me voltes a fazer sentir uma princesa.
Preciso que tornes os meus dias bonitos, preciso que me faças ver o céu de outra cor.
Preciso do teu precioso coração.
Preciso do passado.
Hoje.
Hoje preciso de tudo e de nada.
Preciso de ti, preciso do nada.
F

17 maio 2009

buéda nice x')

Encontrei uma cadeira. Sentei-me. Estava também eu perdida, no meio de todas aquelas almas fechadas, prontas a voar. Ocupas-te o meu pensamento ali, senti vontade de te sentir, vontade de ti. Da tua respiração, do bater do teu coração. A minha circulação ofusca todas estas almas, todas as vontades, todo o mundo. E eu quero tudo de volta. Quero levar-te daqui comigo para sempre. Sempre.



something*

"E lá estava eu a vaguear, como sempre fazia. Uma vez mais as duas crianças brincavam alegremente sob o olhar atento da mãe, o velho alimentava os pássaros, e tu mantinhas-te debaixo daquela árvore a ler. Sentei-me, não muito longe de ti, naquele mesmo sítio de sempre, onde eu ficava a observar as vidas que ao meu redor se desenrolavam. Era sempre igual, mas eu já não me importava, já fazia parte de mim.Normalmente eu era capaz de ali ficar horas sentada naquele mesmo sítio, mas naquele dia foi diferente. Olhei para ti e fui recebida, pela primeira vez, com o teu olhar penetrante, acolhedor. Corei e desviei o olhar rapidamente quando tu esboçaste um sorriso. Tentei concentrar-me nos meus próprios pensamentos, mas sentia o teu olhar fixo em mim. Corei novamente. É espantosa a capacidade que tens de me fazer corar com um simples olhar. E foi então que apareceste ao meu lado, e na tua voz grave e profunda perguntas-te se te podias sentar ao pé de mim. Tomaste o meu sorriso como um sim, e ainda bem! Nenhuma palavra foi trocada entre nós, para além de um simples “adeus” quando saí. No entanto, a tua presença foi suficiente para me preencher.E foi então que tudo começou. Todos os dias as duas crianças brincavam alegremente sob o olhar atento da mãe, o velho alimentava os pássaros, e tu vinhas sentar-te ao pé de mim."