As horas, os dias, as semanas foram como uma fonte de desejos e sentimentos, pequenas coisas que começaram a criar uma pequena grande história. Como tantas outras que ja vivi, que me fizeram crescer e bater com o punho na mesa do injusto. E foi tudo assim, o céu e as estrelas assistiram a toda a metamorfose que foi gerando uma avalanche de raios e coriscos na minha mente, empobrecida pelos esquecimentos e pelas minhas pernas cansadas de um caminho sem regras.
Tu foste (és) aquilo que o meu subconsciente sempre ansiou, sem nunca alcançar. A vida é mesmo assim, como uma caixa ou outro recepiente qualquer. O unico valor que pode ter, é o que a enche, porque uma vida levada pelo vazio e pela mediocridade é como uma guerra sem batalhas. Tu levas-me a ver o outro lado... E afinal o que é que isto significa? Uma subjectividade de afectos e palavras, com metaforas, antiteses e todas as outras figuras de estilo que poderia usar.
Eu sei que é mais que isso, é mais que um amor que se possa escrever, o te seguido do amo dava um simples e insignificante... amo-te? E sera que amo?
Como pode uma grandiosidade destas submeter-se a uma palavra tao amarga, tao pequena? Não é isto que eu quero.
Não quero um amo-te, nem um beijo de despedida. Quero as tuas palavras, quero o teu abraço, quero a inocencia do traço das tuas maos e dos teus olhos verdes, quero a timidez dos teus labios na minha testa, quero a tua presença e quero a verdade nua e crua. E agora diz-me, trocaria eu tudo isto por uma misera palavra?